segunda-feira, 12 de julho de 2010

Tudo o que sou



Do que vale poder Observar um lugar bonito se o som não for agradável? Acaba tornando- se o caos.
Do que adianta a letra de uma música ser bela, se os instrumentos estiverem totalmente descompassados? Vira uma tortura!
A música está dentro daqueles que a sentem até no silêncio; momento crucial da melodia que determina o rítimo e o compasso.
A musicalidade não está ligada a partituras, cifras, acordes,e claves, apenas. Vem de um lugar dentro de nós, que não se importa em estar afinado ou bonito, mas quando é expressada (colocada pra fora), nos faz tão bem que todo o resto se cala, e o tempo passa sem percebermos.
Lembra daquele dia... Qual música estava tocando?
No dia em que você foi àquele lugar, tocou a música... interpretada por...
Daquela vez em que vocês se separaram você não conseguia parar de ouvir a música...
Quando estava desanimado(a) cantou bem alto só pra desabafar e se sentiu bem... E deu certo!
Pequenos exemplos para demonstrar o quanto a música faz parte de nós.
Então não venha me dizer que só porque me utilizo de partituras, cifras, acordes, claves, e afinação. Que eu não saiba utilizar o silêncio necessário para ouvir. Dizem que sou viciada nessa "coisa" de música. Se ser viciada em música é ser feliz lembrando de datas, lugares e até mesmo aromas. É, então eu sou muito viciada nisso. E também, para quê falar, se existe uma infinidade de notas e palavras que quando combinadas (adequadamente) se transformam em tudo isso o que sou?!
A minha própria e interminável sinfonia.

Joyce Barreto
12/07/2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Seu olhar


E ela pensou que jamais pudesse sentir isso de novo. Dessa vez sem medo de viver ou dizer o que for preciso a quem se propôs fazê- la feliz.
Ele sabe que não é necessário falar uma palavra se quer para preencher àquele segundo de silêncio em que olha fixamente seus olhos, fazendo com que ela desvie o olhar, não por vergonha, mas por não acreditar que tudo aquilo de fato está acontecendo com ela.
Segundos depois, o silêncio é quebrado por risos
seguidos de longos beijos apaixonados.



Joyce Barreto
14/06/2010

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Lado a lado

Certa vez parei, e pensei por alguns minutos
sobre o relacionamento dos nossos olhos, é isso mesmo, nossos dois olhos, eles piscam juntos, eles se movem juntos, eles choram juntos, eles vêm coisas juntos e eles dormem juntos.
Embora eles nunca vejam um ao outro ainda assim sabem que o outro está lá, porque não é preciso que se vejam sempre pra saber que o outro está por perto, num mesmo corpo.
É assim que uma amizade de verdade precisa ser; Sem dúvidas, sem rachaduras ou proximidade física a todo o tempo, apenas a certeza de que estaremos lá.
Mesmo que seja só para observar.


Joyce Barreto
04/06/2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pedido



Após um longo beijo na frente do portão dela, ele disse:
-Já está tarde, é melhor você entrar.
-Mas eu quero ficar mais um pouco aqui,assim... perto de você.
-Então,que tal você passar o resto da sua vida, assim... comigo?

Joyce Barreto
26/05/2010

sábado, 22 de maio de 2010

Do MEU jeito


Cansei de vírgulas, pontos finais, e reticências
quando o assunto é àquele, é, àquele... O assunto
mais abordado a milhares de anos, e até os dias
de hoje ninguém tem a resposta ou a "fórmula" pra
que isso de fato dê certo. Quero falar de amor.
Pra quê se utilizar de palavras
difíceis ou criar adjetivos para algo tão
simples, particular e único?
Que o amor existe, isso é fato; não há do que discordar.
Só faço uma súplica: Parem de tratar o amor como
se fosse algo fútil, banal e de uma forma geral!
Não retrate tal sentimento como se todo o ser humano
reagisse da mesma forma ao ver a pessoa que ama do
mesmo jeito que uma outra. Posso eu dizer que o maior
amor do mundo é o meu, porque é o MEU AMOR, e é o
único que posso sentir.
Por favor, respeite o fato de que eu queira sentir o MEU amor,e vivê- lo do MEU jeito: perfeito,recíproco e singular.

Obrigado!

Joyce Barreto
22/05/2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Algo para ser dito


Após um dia difícil e atribulado, Healy contava os segundos para estar perto da única pessoa que a fazia sentir paz e tranquilidade sem pronunciar uma palavra se quer.
Enquanto esperava o tempo passar para encontrar- se com nele, começou a listar essas coisas que o seu amor possuía e a dominavam de tal forma que chegava a ficar sem forças e sem "proteção" em relação ao o que ele era e representava; Foram essas coisinhas que ela listou:
1º O incrível poder de calar ao me abraçar e quando necessário;
2º O jeito tímido e amável de tocar minhas mãos;
3º Seu sorriso fácil de homem realizado só por estar ao meu lado;
4º A forma como toca meus cabelos e fixamente olha-me nos olhos deixando- me sem graça;
5º Seu jeito único de me acolher e confortar com sua sabedoria;
6º A maneira que sente meu perfume me deixando arrepiada;
7º A forma como só você sabe me beijar...
Por alguns segundos, Healy parou de escrever e ficou a pensar, olhando um ponto fixo no chão.
Percebeu que durante todo esse tempo que passou com ele nunca disse aquela frase que jurou dizer a única pessoa que fizesse e possuísse todas essas coisas que acabava de listar...
Ele chegou à sua casa por volta das 19:30 e ela disse tudo de uma só vez:
-Eu amo você como nunca amei e jamais vou amar alguém.


Joyce Barreto
14/04/2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Descobrir- se


Healy, uma jovem culta, bonita e convicta das coisas que queria, ou pelo menos achava. Perdia todo o medo e esquecia-se de todas as cobranças que sobre ela eram impostas quando se encontrava com ele. E somente quando ela o encontrava conseguia entender todos os sentimentos que a permeavam e a confundia.
Por diversas vezes durante muitos anos Healy percebeu que nada tinha haver com suas descobertas pessoais. Na verdade encontrar- se em si mesma com coisas que gosta de fazer, ou simplesmente ser feliz com seus amigos e confessando algumas "coisinhas" para uma amiga mais íntima, ajudavam- na a "desconfundir" alguns dogmas pessoais.
E não mais via- se cm necessidade de voltar a encontrar- se com seu antigo companheiro de solidão, que na verdade em nada a ajudava e muito manos a compreendia e aconselhava.
Hoje visitar o mar é apenas uma mera admiração à natureza. Valorizar-se e ser compreendida sem julgamento de valores fez com que Healy amadurecesse e revelasse a mulher que habitava dentro dela por anos a fio.



Joyce Barreto
19/03/10

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vírgulas ao longo do caminho


Em determinadas épocas de nossas vidas é necessário que decisões sejam tomadas para que situações não se compliquem mais.
Se fossemos fazer um texto comparando com a nossa vida, essas tais decisões poderiam ser classificadas como "vírgulas" muito bem empregadas em momentos cruciais na construção de um texto; Que nos permite respirar, analisar e seguir com a história, mas sem perder a essência do texto.
Ao contrário do "ponto final", que serve pra concluir e encerrar uma ideia criada pelo "eu lírico", terminando um texto ou um parágrafo; que cá para nós, dependendo da escrita e se a aventura, romance, suspense, ou seja, lá o que for, for bem contada; torcemos para que não pare de aparecer novos parágrafos e vivemos tais histórias como se fossem únicas, reais e para sempre. Mas contos e histórias acabam- se, como nossas vidas.
Esperamos que a cada dia um novo parágrafo seja escrito em nossos textos, só pra completar coisinhas que esperamos que aconteçam na monotonia do dia- a- dia.
Anseio que minha vida tenha muitos parágrafos recheados de vírgulas, pra que eu possa amadurecer e aprender a analisar melhor algumas decisões, e que o ponto final sirva apenas para começar novos parágrafos e encerrar a biografia da minha vida. Que seja usado apenas quando tudo isso em mim for concluído e encerado, daqui a MUITO tempo!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Sorriso fácil


E ela ria descontroladamente, e não sabia o motivo. Apenas havia observado que se sentira viva. Percebeu também que o que a faz se sentir feliz a esse ponto, é o fato de poder e querer compartilhar com as pessoas que a acolhem, seja mostrando uma música ou falando certas besteiras com as amigas, ouvindo um conselho de um amigo centrado, sensato esempre acabar rindo com ele no final de cada frase, rs. São coisas pequenas que a fazem feliz e viva, a ponto de não ter palavras pra descrever o que é ter pessoas tão presentes; mesmo que estejam longe, ou do outro lado dessa tela, que parece ser tão fria e fazia de sentimentos.
Ela agradece pelos momentos incomparáveis com seus amigos, os que já cativou e os que ainda hão de vir.


Joyce Barreto

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Atitudes certas


Muitas coisas a incomodam... É essa expectativa, dúvida, rotina, perguntas, ansiedade e até mesmo a esperança. Sentimento esse que a faz criar fantasias e imaginar um futuro onde tudo irá dar certo, mesmo sabendo que as atitudes tomadas por ela no presente, a firam ao longo do caminho. Mas ela vai sobreviver a tudo isso, mesmo que as pessoas à sua volta digam o contrário.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Voltar antes de ir


Vai chegando mais um feriado, e as pessoas sempre imaginam como será a viagem, o lugar para qual elas vão e as pessoas que vão conhecer.
Sinto- me estranha pois percebi que de todas as viagens que fiz ao longo de minha vida, sempre antecedia minhas "aventuras" imaginando como seria a volta para casa, não que não goste de viajar; não, pelo contrário. Mas tento imaginar como seria a minha "bagagem emocional" pelo fato de ter conhecido alguém muito especial que fosse capaz de transformar a minha vida a partir daquela viagem; ou do caminho que fiz até aquele lugar, e até mesmo da reuniãozinha com alguns amigos cantando, e com aquele amigo do grupo que toca violão e sempre carrega o "bendito" nas viagens, sabe àquele amigo?!(isso é ótimo, sempre faço rsrs), então são essas coisas que imagino antes de viajar. Parece ser ansiedade, mas não é.
É só um jeito de deitar um novo olhar sobre um mesmo ponto de vista, aliás é sempre assim que procuro analisar tais aventuras e todo os afins da vida, que é como é... Com suas ilusões e descobertas.

ENJOY

Joyce Barreto

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mudanças


Ela vivia num lugar utópico, onde não existia cobranças e nem razões para se preocupar. De repente vê- se obrigada a se mudar, mudar para um lugar onde tudo é diferente, e nesse "novo meio" ela tem de sobreviver e saber lidar com situações complicadas, adversas, pessoas enigmáticas e complicadas; mas que a tratam muito bem. E também descobrem- na aos poucos e revelam seus mistérios e desmistificam cada conceito formado e não decifrado a muitos anos.
Ela até gosta disso tudo, mas o q mais a surpreende é a maneira com que uma pessoa em especial, no meio de tantos problemas, tem a capacidade de tornar todas as outras coisas mais simples, e simples são quando principalmente os olhares se reencontram, para retomar o bem estar daquelas antigas sensações de quando não havia cobranças, apenas o fato e a obrigação de se sentir feliz.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Carne e osso


Quando eu acordei, a tristeza estava lá.
Ao invés de mandá-la ir embora, resolvi conversar e servir uma taça de vinho para ela. Decidi por assim dizer que a tratei bem, porque a final, a tristeza veio ME visitar, não poderia tratá- la com indiferença. Não sou dessas pessoas que estão sempre com um sorriso estampado e "plastificado" no rosto; percebi que sou de carne e osso, e também sofro.
Você pode até achar que é algum tipo de "culto" ao sofrimento, mas não é. Gosto de sentir minhas dores, de percebê-las e saber que sou sucetível a querer mudar de opnião.
Em falar em dor... Por quê será que há sempre uma necessidade dos outros em querer "amenizar" as nossas dores?
Deixe que sintamos essas coisas, até porque ninguém tem nada a ver com isso; e isso não é um tipo de fora. Se o problema é meu, porquê os outros tem de se intrometer?
A maior dor que existe é a minha, e só MINHA. Nada e ninguém vai poder me fazer melhor, a não ser que eu queira que essa dor ou tristeza se vá.
Agora que já desabafei, posso abrir a porta, acenar e pedir que ela demore bastante, até que volte.

Joyce Barreto

Foto por: André Barreto

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Prestando atenção


De tal maneira ele se via dividido; e dividido está, Se uma é tudo o que ele sempre quis, mas não sentia absolutamente nada, vai saber... Sendo a outra jamais imaginada, idealizada, e nem mesmo percebida; percebida a olho nú, diga-se de passagem. Quando ele se utilizou de suas "lentes anti- conceitos" Percebeu que na verdade essa era tudo o que precisava. E precisava para que completasse aquelas coisinhas poucas q faltavam nele.
Tudo isso só foi percebido, por que pela grande amizade e afinidade que tinham, tentou preencher as outras coisas que faltavam nela, como a necessidade de se sentir melhor e amada.
Por ajudá- la tanto, hoje ele ouve suas desilusões e não sente que pode te abraçar, e fazer com que você se sinta melhor pelo simples fato de tê- lo por perto, cm o calor e afago de suas mãos.
Somente por uma chance, ele poderá provar o quanto é capaz de fazer com que você seja imaginada, idealizada e percebida sem que seja preciso qualquer tipo de lentes.



Joyce barreto


Foto por: André Barreto

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Devaneios

Quando aqui escrevo, algo por dentro vem como vento. Que esvoaça, espalha, faz com que os meus olhos ardam e a mente fique confusa por não saber onde estou.
Mesmo estando cercada por conversas, risos e até mesmo monotonia; pergunto- me se seria aqui o lugar onde gostaria de estar. Se todas estas pessoas que me cercam e me fazem sorrir neste momento, realmente se importam comigo.
No entanto, as pessoas que eu gostaria que estivessem a minha volta neste exato momento, não podem suprir essa necessidade imediata de estar aqui, Sem fazer nada mesmo...
Só por eles estarem por perto e me fazer sentir melhor.
Só que melhor eu estaria mesmo, se ele... É, ele mesmo estivesse aqui, tão perto que o pudesse sentir fazer parte de mim, só com seu olhar penetrante e sua voz envolvente a sussurrar o quanto sentiu a minha falta e o tempo que perdeu por estar longe, longe o bastante que não pudesse fazer parte de mim.


Joyce Barreto


Escrito em 06/01/2010

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Confusão

O mais difícil em ter que te ver e não poder novamente ouvir a sua voz; naquele tom que só ouço quando estamos juntos, é não saber o que sinto de verdade.
Desejo? Não... acho que vai além de apenas isso;
Paixão? Sei que também não é;
Amor? Nossa... Ainda nem chega perto!
No entanto, o que pode ser essa coisa que passa por dentro de mim e incomoda de tal forma que não consigo conter? Será medo, negação ou aversão a ter que admitir algo?
Pois enfim, arrependimento sei que não tenho, e muito menos sentimento de culpa ou traição.
Dando tempo ao meu tempo, vou saber o que responder depois que atravessar essa curva tão brusca e ao mesmo tempo tão agradável pela qual a minha vida passa nesse momento


Joyce Barreto