segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Carne e osso


Quando eu acordei, a tristeza estava lá.
Ao invés de mandá-la ir embora, resolvi conversar e servir uma taça de vinho para ela. Decidi por assim dizer que a tratei bem, porque a final, a tristeza veio ME visitar, não poderia tratá- la com indiferença. Não sou dessas pessoas que estão sempre com um sorriso estampado e "plastificado" no rosto; percebi que sou de carne e osso, e também sofro.
Você pode até achar que é algum tipo de "culto" ao sofrimento, mas não é. Gosto de sentir minhas dores, de percebê-las e saber que sou sucetível a querer mudar de opnião.
Em falar em dor... Por quê será que há sempre uma necessidade dos outros em querer "amenizar" as nossas dores?
Deixe que sintamos essas coisas, até porque ninguém tem nada a ver com isso; e isso não é um tipo de fora. Se o problema é meu, porquê os outros tem de se intrometer?
A maior dor que existe é a minha, e só MINHA. Nada e ninguém vai poder me fazer melhor, a não ser que eu queira que essa dor ou tristeza se vá.
Agora que já desabafei, posso abrir a porta, acenar e pedir que ela demore bastante, até que volte.

Joyce Barreto

Foto por: André Barreto

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Prestando atenção


De tal maneira ele se via dividido; e dividido está, Se uma é tudo o que ele sempre quis, mas não sentia absolutamente nada, vai saber... Sendo a outra jamais imaginada, idealizada, e nem mesmo percebida; percebida a olho nú, diga-se de passagem. Quando ele se utilizou de suas "lentes anti- conceitos" Percebeu que na verdade essa era tudo o que precisava. E precisava para que completasse aquelas coisinhas poucas q faltavam nele.
Tudo isso só foi percebido, por que pela grande amizade e afinidade que tinham, tentou preencher as outras coisas que faltavam nela, como a necessidade de se sentir melhor e amada.
Por ajudá- la tanto, hoje ele ouve suas desilusões e não sente que pode te abraçar, e fazer com que você se sinta melhor pelo simples fato de tê- lo por perto, cm o calor e afago de suas mãos.
Somente por uma chance, ele poderá provar o quanto é capaz de fazer com que você seja imaginada, idealizada e percebida sem que seja preciso qualquer tipo de lentes.



Joyce barreto


Foto por: André Barreto

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Devaneios

Quando aqui escrevo, algo por dentro vem como vento. Que esvoaça, espalha, faz com que os meus olhos ardam e a mente fique confusa por não saber onde estou.
Mesmo estando cercada por conversas, risos e até mesmo monotonia; pergunto- me se seria aqui o lugar onde gostaria de estar. Se todas estas pessoas que me cercam e me fazem sorrir neste momento, realmente se importam comigo.
No entanto, as pessoas que eu gostaria que estivessem a minha volta neste exato momento, não podem suprir essa necessidade imediata de estar aqui, Sem fazer nada mesmo...
Só por eles estarem por perto e me fazer sentir melhor.
Só que melhor eu estaria mesmo, se ele... É, ele mesmo estivesse aqui, tão perto que o pudesse sentir fazer parte de mim, só com seu olhar penetrante e sua voz envolvente a sussurrar o quanto sentiu a minha falta e o tempo que perdeu por estar longe, longe o bastante que não pudesse fazer parte de mim.


Joyce Barreto


Escrito em 06/01/2010

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Confusão

O mais difícil em ter que te ver e não poder novamente ouvir a sua voz; naquele tom que só ouço quando estamos juntos, é não saber o que sinto de verdade.
Desejo? Não... acho que vai além de apenas isso;
Paixão? Sei que também não é;
Amor? Nossa... Ainda nem chega perto!
No entanto, o que pode ser essa coisa que passa por dentro de mim e incomoda de tal forma que não consigo conter? Será medo, negação ou aversão a ter que admitir algo?
Pois enfim, arrependimento sei que não tenho, e muito menos sentimento de culpa ou traição.
Dando tempo ao meu tempo, vou saber o que responder depois que atravessar essa curva tão brusca e ao mesmo tempo tão agradável pela qual a minha vida passa nesse momento


Joyce Barreto