segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Carne e osso


Quando eu acordei, a tristeza estava lá.
Ao invés de mandá-la ir embora, resolvi conversar e servir uma taça de vinho para ela. Decidi por assim dizer que a tratei bem, porque a final, a tristeza veio ME visitar, não poderia tratá- la com indiferença. Não sou dessas pessoas que estão sempre com um sorriso estampado e "plastificado" no rosto; percebi que sou de carne e osso, e também sofro.
Você pode até achar que é algum tipo de "culto" ao sofrimento, mas não é. Gosto de sentir minhas dores, de percebê-las e saber que sou sucetível a querer mudar de opnião.
Em falar em dor... Por quê será que há sempre uma necessidade dos outros em querer "amenizar" as nossas dores?
Deixe que sintamos essas coisas, até porque ninguém tem nada a ver com isso; e isso não é um tipo de fora. Se o problema é meu, porquê os outros tem de se intrometer?
A maior dor que existe é a minha, e só MINHA. Nada e ninguém vai poder me fazer melhor, a não ser que eu queira que essa dor ou tristeza se vá.
Agora que já desabafei, posso abrir a porta, acenar e pedir que ela demore bastante, até que volte.

Joyce Barreto

Foto por: André Barreto

4 comentários:

Jhenifer Pollet ♥ disse...

lindo! amei!

Alana disse...

o começo me lembrou um antigo professor meu :B UAHUSHAUAHS mas sabe, vc disse muito, muito do que eu penso e concordo plenamente de que qnd a dor é nossa ela precisa ser digerida, amenizada, entendida. Sair fingindo que ela não existe piora. Quando vem outra ela acumula e dói mais e mais...
meio fiosófico isso, não?! rs
amo vc, sua linda ♥

Maryama* disse...

Tão forte. Tão profundo.
Adorei.
Estou te seguindo ;*

Lua disse...

A vida é uma dor, mas evitá-la de vez em quando faz bem.E as vezes as pessoas só querem ajudar lembre-se disso.

Boa semana e beijos!